quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Efetividade do enxaguatório bucal com chá verde em comparação com a clorexidina

O chá verde (Camellia sinensis) é uma bebida popular nos países orientais e é rico em polifenóis, compostos que possuem várias propriedades, incluindo antioxidantes, anti-diabéticos, anti-mutagênicos, antivirais, antibacterianos e anti-inflamatórios. 10 Vários estudos têm demonstrado os benefícios do chá verde na doença periodontal, cirurgia oral e cárie. Até à data, não houve pesquisa para avaliar a eficácia do chá verde na pericoronite.

O objetivo do presente estudo foi investigar se chá verde chá é eficaz no controle da dor e trismo em pacientes com pericoronite aguda. A hipótese do estudo foi que o enxaguatório bucal do chá verde é tão eficaz quanto o enxaguatório bucal CHX no controle da dor e trismo na pericoronite aguda.



Resumo da pesquisa

O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do enxaguatório bucal de chá verde no controle da dor e trismo associado à pericoronite aguda em comparação ao enxaguatório bucal com clorexidina (CHX).

Noventa e sete pacientes com pericoronite aguda foram submetidos a desbridamento e receberam 5% de enxaguatório bucal com chá verde (grupo de estudo) ou 0,12% CHX enxaguar boca (grupo controle).

Foram determinadas a dor (escala analógica visual, VAS), número de analgésicos, abertura máxima da boca (MMO) e número de pacientes com trismo.

Não houve diferenças significativas nas variáveis ​​demográficas, ou VAS basal , MMO ou número de pacientes com trismo entre os dois grupos. O escore VAS médio do grupo de estudo foi estatisticamente inferior ao do grupo de controlo entre os dias 3 e 5 pós tratamento. Menos dos pacientes que enxaguaram com chá verde tiveram trismo nos dias 3 e 7, mas a diferença não foi significativa.

Conclusão 

Com base nos achados da presente pesquisa, conclui-se que o enxaguamento com chá verde pode ser benéfico no controle dos sinais e sintomas relacionados à pericoronite aguda, incluindo dor e limitações de abertura bucal. Além disso, o número de analgésicos requeridos pelos pacientes seria menor e a resolução do trismo seria melhorada.


Link da pesquisa: https://www.clinicalkey.com/#!/content/playContent/1-s2.0-S0901502714002100?returnurl=null&referrer=null

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Descoberta na Itália a mais antiga prótese dentária conhecida

Artefato com cinco dentes humanos foi construído há mais de 400 anos



RIO — Uma escavação arqueológica na cidade italiana de Lucca, na região da Toscana, revelou o que pode ser a mais antiga prótese dental já descoberta. O artefato ainda não passou por exames de datação, mas elementos encontrados na tumba do monastério de São Francisco indicam que ele pode ter sido produzido entre o fim do século XIV e o século XVII.

— Esta é a primeira evidência arqueológica de uma prótese dental usando a tecnologia de armação de ouro para substituir dentes perdidos — disse Simona Minozzi, pesquisadora de paleopatologia da Universidade de Pisa e autora do estudo, em entrevista ao site Discovery News.

A prótese possui cinco dentes inferiores — caninos e incisivos — de pessoas diferentes, alinhados em sequência anatomicamente incorreta, que são unidos por uma armação de ouro. Os dentes tiveram as raízes removidas e receberam cortes longitudinais na base, para fixação na placa metálica.

— Análises revelaram a presença de dois pequenos pinos de ouro inseridos em cada dente para fixação na armação — disse Simona.

A peça era fixada na boca do paciente por duas estruturas em formato de “S” nas pontas da armação, que eram ancoradas nos dentes restantes. A técnica é parecida as modernas pontes dentárias fixas.


Escaneamento revelou pinos de ouro usados para fixar os dentes na armação - DIVULGAÇÃO/UNIVERSIDADE DE PISA

Na literatura, próteses para a substituição de dentes perdidos foram descritas pelos cirurgiões franceses Ambroise Paré (1510–1590) e Pierre Fauchard (1678–1761), considerado o pai da odontologia moderna. Relatos também indicam que os etruscos e romanos faziam dentaduras desde o século VI a.C. Contudo, nenhuma evidência arqueológica desses artefatos já foi encontrada.

A prótese foi descoberta durante escavações no Monastério de São Francisco em Lucca, em duas tumbas de pedra que continham os restos mortais de membros da família Guinigis, que governou a cidade entre 1392 e 1429. Porém, ao longo dos anos, enterros sucessivos se acumularam nas tumbas, então não foi possível fornecer uma datação precisa.

— Alguns fragmentos de cerâmica e medalhas encontrados na mesma camada estratigráfica foram datados do início do século XVII — disse Simona.

A dentadura foi encontrada junto com esqueletos de aproximadamente cem indivíduos, por isso não foi possível encontrar a mandíbula correspondente. Os pesquisadores especularam que o dono da prótese deve ter perdido os dentes por infecção ou pela idade avançada. Porém, análises dos esqueletos revelaram que metade deles tinha mais de 40 anos no momento da morte, idade avançada para a época, e muitos sofriam de doenças dentárias.

— Entre a aristocracia Guinigis, a presença de cáries, periodontites e dentes perdidos era mais que o dobro quando comparado com a população rural da Toscana — afirmou Simona.

POR O GLOBO 18/11/2016

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Contenção removível após retirada do aparelho fixo

Ter seus braquetes removidos pode ser um alivio. Especialmente agora que você começa a ver o seu novo sorriso vencedor, sem suportes de metal e fios no caminho. Ao mesmo tempo, você precisa entender que ainda há um pouco de tensão persistente em seus ligamentos periodontais. Se não for tratada usando um retentor, seus dentes podem gradualmente começar a escorregar para fora do alinhamento.

A maioria das pessoas precisam usar uma contenção, também chamada de retentor, por cerca da mesma quantidade de tempo que foi necessário ficar com braquetes. Não usar o retentor durante os tempos recomendados, ou ele estando danificado, pode causar gerar nos seus dentes uma recaída em direção a sua posição antiga.
Um retentor de resina e Hawley é o tipo mais comum de retentor que usamos. Este estilo de retentor é removível. É uma peça moldada e personalizada, de acrílico, que evita seus dentes de movimentarem. Também existe o retentor "invisível", que é uma fina placa de acetato, sem fios, e tem praticamente a mesma finalidade.
Quando você não está usando o retentor, você deve mantê-lo dentro da caixa fornecida. Tente adquirir o hábito de manter a caixa com você, para que você não tenha que improvisar com um guardanapo ou um saco de plástico. Para refrescar o seu retentor, você pode mergulhá-lo em um copo, com  metade anti-séptico para bochechos, e a outra metade com água fria.
Você deve escovar seu retentor duas vezes por dia, com uma escova de cerdas macias e um creme dental não abrasivo. Isso servirá para remover qualquer placa residual. Você também pode embeber o retentor em uma mistura de água e anti-séptico bucal, se ele precisa de refrescamento adicional.